sexta-feira, 10 de agosto de 2012

TRAJETÓRIA X em cartaz pelo DF

CHIA, LIIAA! apresenta seu espetáculo TRAJETÓRIA X em cinco cidades do DF

Com direção de Fernando Villar e interpretações de Ana Paula Monteiro, Angélica Beatriz, Júlia do Vale, Pedro Lima e Rafael Tursi, o espetáculo foi contemplado em primeiro lugar pelo FAC (Fundo de Apoio a Cultura do DF) na categoria de circulação de espetáculos.

Entrada Franca!



Confira a agenda de circulação do espetáculo, divulgue e compareça!

CEILÂNDIA
Local: CEM 04 - Horário: 14h
06 e 07 de agosto de 2012 (segunda e terça)

TAGUATINGA
Local: Teatro Sesc Paulo Autran
Endereço: CNB 12, AE 2/3- Taguatinga Norte
09 de agosto de 2012 (quinta-feira) - Horário: 11h
10 de agosto de 2012 (sexta-feira) - Horário: 21h

SAMAMBAIA
Local: Ponto de Cultura Galpão do Riso
Endereço: QR 403/405, Samambaia Norte
15 e 16 de agosto de 2012 (quarta e quinta) - Horário: 20h

GAMA
Local: Teatro Sesc Gama
22 e 23 de agosto de 2012 (quarta e quinta) - 16h30

PLANO PILOTO
Local: Espaço Cena
Endereço: SHCN CL 205, Bloco C, loja 25
25 de agosto de 2012 (sábado) - Horário: 21h
26 de agosto de 2012 (domingo) - Horário: 20h

Veja mais!

Informações: (61) 9214- 4861/ 8119 -9443
Assessoria de imprensa: Melissa Luz (61) 9202.2144

CHIA, LIIAA! oferece Oficina de Teatro em Samambaia

Em contrapartida ao apoio recebido pelo FAC - Fundo de Apoio a Cultura, o CHIA, LIIAA! irá oferecer uma oficina gratuita de interpretação teatral na cidade de Samambaia.

A oficina será ministrada pela atriz e assistente de direção Júlia do Vale e pela atriz Angélica Beatriz. 

As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas pelos telefones (61) 9214- 4861 e 8119- 9443, ou oficinadeteatrosamambaia@gmail.com. O grupo oferecerá ainda certificado de participação aos alunos da oficina.

Anote a data, o horário e o local, divulgue e participe!

14, 15 e 16 de agosto de 2012 - 09h às 12h
Ponto de Cultura Galpão do Riso
QR 403/405 - Samambaia/DF

sábado, 9 de junho de 2012

Trajetória 'PL' em BH

Pedro Lima se apresenta no 13º Festival de Cenas Curtas do Galpão Cine Horto/BH


Confira abaixo, a crítica de Júlia Guimarães sobre a apresentação da cena Trajetória ‘PL’ no festival.


Existe uma tensão entre as camadas do real e do ficcional que parece favorecer a cumplicidade entre público e a personagem que narra a cena Trajetória ‘PL’. Trata-se de um travesti de 16 anos que ganha a vida nas ruas de Brasília e decidiu expor sua trajetória para um projeto social, cuja pesquisa enfoca a situação de exploração sexual no centro da capital brasileira. A história é contada como se esse travesti tivesse decidido criar uma cena sobre sua própria história depois de assisti-la no espetáculo Trajetória X, que, de fato, foi montado em Brasília. Numa espécie de teatro documentário, pois se baseia numa história real, o protagonista fala da realidade de seu trabalho e justifica a escolha pela prostituição. Enquanto narra, ele expõe as hesitações próprias de quem não consegue se distanciar muito da própria engrenagem a que está submetido.

A interpretação hiperrealista favorece certa dimensão representativa que poderia remeter ao filme Jogo de Cena, de Eduardo Coutinho, no qual o espectador não sabe distinguir se a narrativa é autorreferencial ou se ali estamos vendo um personagem interpretado por atrizes. Já na cena curta, essa ambiguidade é acentuada ainda por passagens em que a travesti menciona o diretor da cena, faz pedidos para o iluminador do teatro e cria efeitos que explicitam a dualidade da encenação. A potência do recurso diz respeito justamente a essa relação de cumplicidade que se estabelece com o espectador.

Na narrativa da personagem, vemos um discurso que não foge tanto ao imaginário que temos sobre o cotidiano de uma travesti. A relação com as drogas, a dúvida sobre largar ou não a profissão, a questão com os próprios prazeres e afetos (ou a ausência deles) contribuem para ressaltar um conhecimento superficial que se tem sobre esse universo. Até por isso, o momento em que ocorre uma quebra de expectativa quanto à representação dessa figura tão emblemática é justamente quando a personagem revela ser soropositivo e pede que o iluminador do teatro coloque uma determinada luz. Ela então canta uma música expondo nuances das vozes masculina e feminina que habitam o mesmo corpo, como se, ao sair da exposição crua do seu cotidiano e adentrar em uma dimensão onírica, ela conseguisse também ressignificar a própria imagem que tem de si, em um jogo que mostra, pelas suas entrelinhas, o quão estigmatizado é o universo dos travestis.