Peça Trajetória X, de grupo de Brasília, traz para o palco do Fitub, em Blumenau, a
temática da exploração sexual
Por Vinícius Batista
Fonte: Jornal de Santa Catarina
O teatro como os olhos da sociedade. Uma temática difícil, até pelo grau de realidade, encontra no palco a voz de alerta e atenção para o espectador. A partir de uma pesquisa do Departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília (UnB), o Grupo Chia Liiaa! criou o espetáculo Trajetória X, sobre crianças e adolescentes que vivem em situação de exploração sexual na capital brasileira. A peça será encenada no Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau, dia 12 de julho, no pequeno auditório do Teatro Carlos Gomes.
Esta é a primeira vez que o espetáculo, que estreou em maio do ano passado, será apresentado fora de Brasília. A expectativa do ator Rafael Tursi é que, com essa primeira apresentação fora da capital, o grupo e os espectadores percebam que a temática não encontra barreiras geográficas. Além de arte, Trajetória X funciona como uma peça educadora, segundo Tursi.
– Acreditando que a melhor maneira de coibir a ação de aliciadores seja a informação, a peça vem mostrar de maneira sensível as razões que levaram esses adolescentes a entrarem na prostituição, ou ainda, como foram arrastados para essa vida – comenta o ator.
Trajetória X nasceu da pesquisa intitulada A Trajetória Social de Crianças e Adolescentes em Situação de Exploração Sexual, na Rodoviária e Setor Comercial Sul, organizada pelo Grupo Violes, da UnB. O dramaturgo e diretor Fernando Villar foi convidado para apresentar os resultados do trabalho em forma de teatro. O objetivo era fugir de uma apresentação sem sensibilidade, apenas com números e resultados no papel.
– A vontade do Violes em utilizar o teatro representa a vontade de que uma invisibilidade seja interrompida e que couraças sejam desmanteladas para tentarmos cambiar modelos ultrapassados e que não favorecem transformações positivas – explica Tursi.
Pesquisa de campo
O processo de montagem do espetáculo tem como ponto gravitacional, em todos os momentos, o texto das entrevistas feitas com crianças e adolescentes que sofreram exploração sexual. O objetivo era entender as motivações, medos, raivas, dúvidas e expectativas apresentadas pelos personagens da pesquisa, transformando-os em personagens cênicos. Tursi explica que houve também uma pesquisa de campo:
– O grupo saiu para conhecer os locais citados pelas adolescentes (bares noturnos e pontos de prostituição), ora observando a movimentação das pessoas pelo lugar, ora buscando interagir e conversar.
A forma de tratar o assunto no palco, transformando o espectador em uma espécie de entrevistador, tem como objetivo uma intimidade e empatia. As quatro histórias centrais da pesquisa e do espetáculo foram amarradas no processo de dramaturgia, com a ajuda da iluminação, cenografia e sonoplastia, que tem desde o som pesado da banda de rock da capital nacional Plebe Rude ao som tocante do pianista e compositor francês Eric Satie.
Segundo Tursi, a preocupação do grupo e do espetáculo é não marginalizar os adolescentes e crianças representados em Trajetória X. A ideia é possibilitar ao público a compreensão da realidade, sensibilizando sobre esses sujeitos presentes na sociedade e que, por diversos fatores, tornam-se invisíveis aos poucos.
Esta é a primeira vez que o espetáculo, que estreou em maio do ano passado, será apresentado fora de Brasília. A expectativa do ator Rafael Tursi é que, com essa primeira apresentação fora da capital, o grupo e os espectadores percebam que a temática não encontra barreiras geográficas. Além de arte, Trajetória X funciona como uma peça educadora, segundo Tursi.
– Acreditando que a melhor maneira de coibir a ação de aliciadores seja a informação, a peça vem mostrar de maneira sensível as razões que levaram esses adolescentes a entrarem na prostituição, ou ainda, como foram arrastados para essa vida – comenta o ator.
Trajetória X nasceu da pesquisa intitulada A Trajetória Social de Crianças e Adolescentes em Situação de Exploração Sexual, na Rodoviária e Setor Comercial Sul, organizada pelo Grupo Violes, da UnB. O dramaturgo e diretor Fernando Villar foi convidado para apresentar os resultados do trabalho em forma de teatro. O objetivo era fugir de uma apresentação sem sensibilidade, apenas com números e resultados no papel.
– A vontade do Violes em utilizar o teatro representa a vontade de que uma invisibilidade seja interrompida e que couraças sejam desmanteladas para tentarmos cambiar modelos ultrapassados e que não favorecem transformações positivas – explica Tursi.
Pesquisa de campo
O processo de montagem do espetáculo tem como ponto gravitacional, em todos os momentos, o texto das entrevistas feitas com crianças e adolescentes que sofreram exploração sexual. O objetivo era entender as motivações, medos, raivas, dúvidas e expectativas apresentadas pelos personagens da pesquisa, transformando-os em personagens cênicos. Tursi explica que houve também uma pesquisa de campo:
– O grupo saiu para conhecer os locais citados pelas adolescentes (bares noturnos e pontos de prostituição), ora observando a movimentação das pessoas pelo lugar, ora buscando interagir e conversar.
A forma de tratar o assunto no palco, transformando o espectador em uma espécie de entrevistador, tem como objetivo uma intimidade e empatia. As quatro histórias centrais da pesquisa e do espetáculo foram amarradas no processo de dramaturgia, com a ajuda da iluminação, cenografia e sonoplastia, que tem desde o som pesado da banda de rock da capital nacional Plebe Rude ao som tocante do pianista e compositor francês Eric Satie.
Segundo Tursi, a preocupação do grupo e do espetáculo é não marginalizar os adolescentes e crianças representados em Trajetória X. A ideia é possibilitar ao público a compreensão da realidade, sensibilizando sobre esses sujeitos presentes na sociedade e que, por diversos fatores, tornam-se invisíveis aos poucos.
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